
Em 17 de maio de 1900, o livro O Mágico de Oz, de L. Frank Baum, foi publicado pela primeira vez nos Estados Unidos. Duas semanas depois, a obra já tinha se esgotado — e este foi apenas o começo de um legado que completa 125 anos e culmina no sucesso de Wicked, um dos principais concorrentes ao Oscar deste ano.
O nome Oz surgiu de uma gaveta
Existem algumas teorias sobre a origem do “Oz” em O Mágico de Oz. Em 1903, perto do lançamento de uma nova edição da obra, L. Frank Baum teria escrito um rascunho de um comunicado para a imprensa, no qual contou a história de como surgiu o nome.
“Eu tinha um pequeno gabinete de arquivos na minha mesa em frente a mim. Estava pensando e imaginando um título para a história, e eu já tinha me decidido sobre a parte do ‘mágico'”, escreveu Baum. “Minha visão recaiu sobre as letras douradas das três gavetas do gabinete. A primeira tinha A-G, a seguinte tinha a etiqueta de H-N e, na última estavam as letras O-Z. Foi assim que Oz surgiu.”
O nome Dorothy é uma homenagem à sobrinha
Em 1996, a pesquisadora Dr. Sally Roesch Wagner investigava a vida de Matilda Joslyn Gage, uma sufragista, abolicionista e ativista pelos direitos dos povos indígenas dos Estados Unidos, quando se deparou com algo curioso. No Cemitério Memorial Evergreen, em Bloomington, na cidade norte-americana de Illinois, havia a lápide perto da dela de uma menina que morreu com apenas cinco meses.
Tratava-se de Dorothy Gage, neta de Matilda. Segundo o jornal The Daily Telegraph, a garota também era sobrinha de Maud Baum, esposa de L. Frank Baum, e faleceu em 1898, quando ele escrevia a obra. Para a pesquisadora, o fato de a protagonista do livro ser chamada Dorothy Gale, quase o mesmo nome da sobrinha, não é coincidência.
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Baum nunca viveu no Kansas
O estado do Kansas, nos Estados Unidos, tem um significado importante na história, sendo onde Dorothy vive com seus tios. O autor L. Frank Baum, no entanto, escreveu O Mágico de Oz na cidade de Chicago e só chegou a ir para o Kansas uma vez na vida.
De acordo com Katharine M. Rogers, biógrafa de Baum, ele pode ter escolhido o Kansas em vez do estado da Dakota do Sul, onde morou por vários anos, em respeito aos parentes que ainda viviam lá. “Foi apropriado movê-la [Dorothy] para o Kansas, onde as condições são parecidas”, afirmou. Na época, o Kansas estava em evidência por conta dos ciclones que o atingiam e de notícias sobre a pobreza e falta de esperança por lá.
O livro virou um musical — mas não o que você está pensando
Antes do sépia ficar colorido e Judy Garland começar a sapatear pela estrada de tijolos amarelos, O Mágico de Oz já tinha sido adaptado para um musical. Junto com o ilustrador W.W. Denslow e o compositor Paul Tietjens, Baum desenvolveu o espetáculo, que estreou em 1902 em Chicago e, depois, na Broadway, onde ficou em cartaz por anos.
Sequências escritas pelo dinheiro
O Mágico de Oz é o primeiro de vários livros que exploram esse universo. O escritor queria parar no sexto volume, porém declarou falência no ano seguinte e voltou a escrever a série. O último volume da saga é Glinda de Oz, que foi publicado em 1920, após a morte de L. Frank Baum.
Informações: Revita Galileu