Ribas do Rio Pardo se tornou um dos protagonistas do desenvolvimento econômico de Mato Grosso do Sul com a inauguração do empreendimento industrial da Suzano, nesta quinta-feira (05).
A fábrica é a a maior planta de produção de celulose em linha única do mundo, localizado no município de Ribas do Rio Pardo e a cerimônia contou com a presença do presidente Lula, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, governador Eduardo Riedel, além dos ministros Renan Filho (Transportes), Rui Costa (Casa Civil) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e representantes da Suzano, como David Feffer (presidente do Conselho de Administração) e Beto Abreu (presidente da empresa).
De acordo com Lula, “As pessoas precisam ter acesso aos bens que são produzidos por elas mesmas. É a economia que vai fazer o Brasil dar certo. Quero que todos tenham o mínimo necessário. Vamos entregar as empresas em plena produção com investimentos concretos”, afirmou o presidente.
Já o governador Eduardo Riedel, pontuou sobre o crescimento do Estado até agora e os planos de expansão para os próximos anos na área da celulose, que já tem diversos investimentos destinados e projetos em andamento em diferentes regiões. “Com a empresa, no momento da negociação da vinda dela, a gente tratou uma série de assuntos de natureza tributária, de investimentos em infraestrutura, que é o principal. Uma empresa desse porte tem na logística algo fundamental para dar competitividade a ela. São estradas pavimentadas, como a MS-338, por exemplo, que vai lá de Camapuã até aqui a Ribas, que está em andamento”, frisou o governador, que completou.
Ainda segundo o governador, o setor de papel e celulose, de florestas plantadas, tem uma capacidade de gerar emprego de qualidade, e capacidade de ajudar no processo de investimento em infraestrutura e todas as consequências de um crescimento dessa ordem que impõe ao Estado ações importantes, como educação, saúde e segurança pública nos municípios que sofrem esse tipo de impacto positivo. “São mais de R$ 3,4 mil, gerando oportunidade para as pessoas, e é isso que a gente quer aqui no Estado”, disse Riedel.
Sobre a fábrica – O Projeto Cerrado é um investimento de R$ 22,2 bilhões e possui capacidade de produção de 2,55 milhões de toneladas de celulose. No pico de construção foram gerados mais de 10 mil empregos e, agora, com o início das operações (que começaram em 21 de julho de 2024), outros 3 mil colaboradores especializados trabalham nas atividades industrial, florestal e de logística da nova unidade.
Com uma planta de geração de energia por biomassa com capacidade para alimentar 100% da demanda da operação, o projeto ainda pode exportar energia renovável ao grid nacional, motivo pelo qual a planta se enquadra como obra do PAC.
Além disso, o empreendimento reforça a posição de competitividade e eficiência do Brasil no setor de Papel e Celulose, esse que é um dos setores mais emblemáticos da bioeconomia, e fortalece o compromisso em prol do desenvolvimento sustentável.
Com a ativação do Projeto Cerrado, MS se consolida como o ‘Vale da Celulose’, tornando-se referência tanto na produção de eucalipto, como em produtividade, sustentabilidade e tecnologia.
Do investimento total de R$ 22,2 bilhões, R$ 15,9 bilhões foram destinados à construção da fábrica e R$ 6,3 bilhões a iniciativas como a formação da base de plantio e a estrutura logística para escoamento da celulose.
“Nós estamos inaugurando esta fábrica que é uma verdadeira revolução para a região. Aqui é o vale mundial da celulose”, disse a ministra Simone Tebet.
Com a unidade de Ribas do Rio Pardo, a capacidade instalada de produção de celulose da Suzano saltará de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas anuais, o que representa um aumento de mais de 20% na produção atual da companhia. No Mato Grosso do Sul, esta é a terceira unidade da Suzano.
A empresa está presente no Estado desde 2009 (antiga Fibria), em Três Lagoas, com duas linhas de produção. Somadas, a capacidade produtiva instalada da Suzano em Mato Grosso do Sul chega a 5,8 milhões de toneladas anuais.
“Essa é uma fábrica totalmente sustentável do ponto de vista de economia circular. Nós produzimos nossa energia, todos os insumos são fabricados aqui, então é uma fábrica que não consome, digamos assim, recursos naturais. Ela usa o próprio plantio que absorve carbono para fazer a sua produção de celulose e gerar sua energia. Do ponto de vista de sustentabilidade ambiental, social e econômico, é uma combinação perfeita pois andam juntos”, disse o presidente da Suzano, Beto Abreu.

Logística – A celulose segue pelo modal rodoviário até o terminal intermodal construído no município de Inocência, de onde é conduzida por trens até o Porto de Santos (SP). Já a base florestal que abastece a unidade está cultivada no próprio município e em Campo Grande, sendo que 110 milhões de mudas de eucalipto são necessárias para atender a fábrica de Ribas do Rio Pardo.
Em todo o Mato Grosso do Sul a empresa possui 599 mil hectares de florestas plantadas, dos quais 143 mil hectares são destinados exclusivamente para a conservação da biodiversidade.
A construção da nova fábrica também contribuiu com a qualificação de mão de obra local, incluindo mais de 1,3 mil pessoas capacitadas para as operações industriais, florestais e logísticas da Suzano e cerca de 300 pessoas para o mercado de trabalho local nos setores de comércio e serviços, em parceria com o Senai e o Senac.
“É uma fábrica que emprega 3 mil pessoas, entre a parte florestal e a parte industrial. Gerou 10 mil empregos durante o tempo que ficou em construção e esse é um processo dinâmico. Então com certeza, mensalmente, nós vamos ter vagas sendo abertas nas mais diversas áreas para a população. O Mato Grosso do Sul é um estado onde temos praticamente pleno emprego, é 3,5%, é o terceiro menor índice de desemprego do Brasil inteiro. Então o desafio aqui é capacitar mão de obra, emprego tem”, afirmou Abreu.
Além dos recursos destinados à construção da fábrica, da estrutura logística e da formação da área de plantio que abastecerá a fábrica com eucalipto, a Suzano investiu R$ 57,3 milhões em um amplo conjunto de iniciativas, incluindo a construção de unidades de moradia e centro médico, melhorias na infraestrutura local e apoio a projetos sociais.
A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Os produtos e soluções da empresa estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países.