ACP orienta professores a reforçarem medidas de biossegurança nas escolas da capital

Desde o início do ano, foram registrados 971 casos de SRAG, com 486 confirmações e 66 óbitos...

Diante do aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Campo Grande, a direção da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) emitiu no início desta semana, um comunicado orientando os professores da rede pública a intensificarem as medidas de biossegurança dentro das unidades escolares.

O presidente da ACP, Gilvano Bronzoni, destacou a preocupação da entidade com a saúde de educadores, estudantes e suas famílias. “Estamos acompanhando com muita atenção os números divulgados pelas autoridades de saúde e percebemos a necessidade de reforçar cuidados que, embora conhecidos, precisam ser redobrados neste momento de alta transmissão”, afirmou.

Entre as orientações repassadas pela ACP estão o uso contínuo de máscaras em ambientes fechados, higienização frequente das mãos com álcool em gel, manutenção dos ambientes bem ventilados e a observância rigorosa de sintomas respiratórios, com recomendação de afastamento imediato em caso de suspeita de infecção.

Durante reunião extraordinária com o Centro de Operações de Emergência (COE) no último sábado (26), a Prefeitura de Campo Grande e a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) deliberaram ações emergenciais para conter o aumento das doenças respiratórias e arboviroses na Capital. Como medida imediata, foi publicado o Decreto nº 16.246, que declara Situação de Emergência por 90 dias, devido à superlotação das unidades de saúde e ao aumento de casos, principalmente entre crianças menores de um ano.

Desde o início do ano, foram registrados 971 casos de SRAG, com 486 confirmações e 66 óbitos. Entre os vírus mais comuns detectados estão o Influenza A, o Rinovírus e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), este último, comumente associado a quadros graves em bebês com menos de seis meses.

Dentre as medidas emergenciais adotadas estão:

  • Ampliação da vacinação contra Influenza para toda a população a partir dos seis meses de idade;
  • Implantação de atendimento pediátrico 24h nas UPAs Universitário e Coronel Antonino, além do Pronto Atendimento Infantil do CRS Tiradentes;
  • Organização de insumos, medicamentos, reforço de recursos humanos e reestruturação de espaços físicos das unidades de saúde;
  • Abertura de novos leitos pediátricos em municípios do interior para aliviar a sobrecarga em Campo Grande.

Como reforço à imunização e conscientização, a Prefeitura também implantou o projeto “Aluno Imunizado”, levando equipes de vacinação e ações educativas diretamente às escolas municipais e estaduais, como parte da estratégia de proteção dos estudantes.

O presidente da ACP ressaltou ainda a importância da participação dos educadores no esforço coletivo de prevenção. “A vacinação e as medidas de biossegurança são fundamentais. Contamos com o apoio dos professores não só na proteção dentro das escolas, mas também como multiplicadores de informação para as famílias e comunidades”, enfatizou Gilvano Bronzoni.

Bronzoni também reforçou a necessidade de todos se vacinarem. “A vacinação é a ferramenta mais eficaz que temos para proteger a nossa comunidade escolar. Ao se vacinar, cada professor, cada aluno e cada família ajuda a quebrar a cadeia de transmissão dos vírus. Precisamos confiar na ciência e agir com responsabilidade para salvar vidas”, declarou.

informações: Comunicação ACP

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