Não era mais uma carta de amor | Operação intercepta drogas e medicamentos irregulares nos Correios disfarçada de “recebidos”

O que parecia ser mais uma tarde de segunda-feira comum foi interrompida quando funcionários de uma Unidade dos Correios na rua Barão do Rio Branco...

O que parecia ser mais uma tarde de segunda-feira comum foi interrompida quando funcionários de uma Unidade dos Correios na rua Barão do Rio Branco detectaram algo suspeito dentro de objetos postais. Diante do alerta, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) foi acionada – e o que se descobriu dentro dos pacotes confirmou uma tentativa engenhosa (mas fracassada) de driblar a fiscalização.

A suspeita inicial recaiu sobre um pacote vindo de uma cidade na fronteira entre o Mato Grosso do Sul e o Paraguai, com destino a Minas Gerais. O conteúdo? Nada convencional: cinco pequenos volumes de maconha tipo DRY, meticulosamente escondidos dentro de um pote de creme para cabelo.

O disfarce não enganou os agentes do Setor de Inteligência e do Comando da Região Centro da GCM, que apreenderam o material. Encaminhado para a Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (DENAR), o entorpecente foi analisado e identificado como uma versão potente e refinada da maconha, com alta concentração de THC. A carga de 550 gramas do produto, cujo valor de mercado pode ultrapassar os R$ 100 mil, confirma a tentativa de tráfico interestadual – crime previsto no artigo 33 da Lei 11.343/06.

Mas a história não para por aí…

Durante a mesma inspeção, em ação conjunta com a Vigilância Sanitária Estadual, a GCM localizou 13 encomendas suspeitas contendo caixas de ampolas de Tirzepatida – princípio ativo do medicamento Mounjaro, usado no tratamento de diabetes tipo II e também procurado para fins de emagrecimento. Detalhe, como o medicamente precisa ficar armazenado em baixa temperatura, estava enrolado em fraldas congeladas.

As encomendas, remetidas de uma cidade do centro-sul do MS, tinham como destino sete estados do país, incluindo RJ, SP, CE, MT, GO, ES e MA. Todo o material foi recolhido e encaminhado à Vigilância Sanitária para as providências cabíveis.

O caso reforça a importância da parceria entre Correios, GCM e Vigilância Sanitária no combate ao uso do serviço postal como rota de distribuição de substâncias ilegais ou perigosas. E também nos lembra:

Nem todo creme é para cabelo… e nem todo “remédio milagroso” vem em embalagem segura.

Informações: GCM

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