Editorial: Do cartaz rasurado ao outdoor dos sonhos – Esse ninguém rabiscaria! (Será?)

Vamos tornar esse editorial mais interessante, como gosto de boas histórias, vou retratar a minha preferida, vamos lá: Era uma vez, em 13 de novembro...

Vamos tornar esse editorial mais interessante, como gosto de boas histórias, vou retratar a minha preferida, vamos lá:

Era uma vez, em 13 de novembro de 2024…

Não, espera! Essa história não começa aqui. Ela tem raízes mais profundas. Vamos recomeçar:

Era uma vez, em 22 de fevereiro de 2009, o primeiro dia de trabalho de uma estudante de jornalismo cheia de sonhos – ou, pelo menos, era isso que ela acreditava.

Em um “quase encantado” estúdio improvisado na casa dos antigos responsáveis pelo canal comunitário, a missão inicial era produzir um boletim jornalístico relevante para o município. Mas, diante do primeiro “3, 2, 1”, a pergunta veio como um balde de água fria: “E agora, como é que se faz isso?”

Naquela época, suas referências eram as vozes imponentes das narrações de TV. Sem experiência, sua única saída foi criar algo próprio: um estilo que combinava improviso com o lema “salve-se quem puder”. Mal sabia ela que essa abordagem seria um reflexo de como enfrentaria os desafios da vida.

Com o passar do tempo, os boletins ficaram menos assustadores, e as ideias começaram a brotar como faíscas. A jovem, que tinha mais sonhos do que certezas, queria conquistar o mundo – ou, ao menos, pagar as contas.

Assim nasceu seu primeiro programa, “A Hora H”. Ousado, sem dúvida, para alguém que ainda estava sentada em uma cadeira na faculdade. Mas havia algo especial nela: uma luz que atraía pessoas e oportunidades.

Então, veio a grande ideia de marketing: dois cartazes. Com uma permuta de aproximadamente “R$20,00”, imprimiu com orgulho sua propaganda. Um cartaz foi parar na boleia do caminhão do pai; o outro, no mural da faculdade. Era sua chance de brilhar – ela acreditava!

No dia seguinte, ansiosa para medir o impacto, encontrou uma roda de estudantes rindo. Ao se aproximar, descobriu o motivo: seu cartaz estava rabiscado, com dentes pintados e uma frase torta, com erro gramatical grotesco, que dizia “Eu sou Demas”.

Por que tanto desprezo por alguém que só queria realizar um sonho?

Mas, em vez de arrancar o cartaz, ela o deixou ali, como uma espécie de resistência.

Naquela noite, o peso das dificuldades bateu forte. Estar longe da família, trabalhando o dia inteiro e estudando à noite parecia, por vezes, uma batalha impossível. “Por que algo tão simples incomodava tanto?”

No dia seguinte, a história deu uma guinada inesperada. Um professor influente, dono de um veículo de comunicação, viu o cartaz e, após as aulas, a chamou para uma conversa. Para sua surpresa, ele a convidou para apresentar um programa em seu canal.

No início, ela hesitou, fingindo estar satisfeita em seu primeiro emprego – quem dera, onde fazia de tudo, desde trabalhos acadêmicos para os chefes, cobrança de clientes e até buscar crianças na escola (realmente a vida de quem está começando é apocalíptica, só que acreditem, essas pessoas foram extremamente importantes e necessárias).

Afinal, aquela era a porta que ela precisava.

Foi assim que sua paixão pela TV floresceu de verdade. A partir dali, vieram mais plantões, salários atrasados, o diploma, e, enfim, sua primeira experiência na TV aberta. Cada nova etapa trouxe desafios e aprendizados.

No entanto, algo incomodava. Por mais que ajudasse pessoas pela maneira que contava histórias, sentia a frustração de não poder dizer tudo o que realmente pensava. As linhas editoriais nem sempre permitiam a liberdade que ela sonhava. Faltavam detalhes, interesse, ou mesmo empatia para acompanhar determinados fatos até o fim.

Quantas vezes ela se perguntou: “Aquela cirurgia foi feita? O buraco foi tapado? A ajuda chegou?” E, em resposta, ouvia: “Não é problema nosso; já fizemos a matéria.”

Mas para ela, o jornalismo era mais do que notícias; era conexão e transformação. As grandes coberturas não eram apenas sobre fatos, mas sobre construir pontes e mudar vidas.

Sim, esta do relato sou eu, Angela Cristina Schafer.

E assim, chegamos até o dia 13 de novembro de 2024.

Essa é a data em que realizei um sonho antigo: lançar minha própria TV digital, Comunica na TV.

O nome veio em razão do meu primeiro projeto do coração, o canal Eu, Comunicadora! Criado justamente para descomplicar a comunicação e falar com todos, independentemente de seu grau social ou intelectual.

Depois de mais de 15 anos dedicados a contar histórias, decidi construir um espaço que fosse mais do que um veículo de comunicação – um espaço para sonhos, para vozes que merecem ser ouvidas e para histórias que transformam.

2024 foi o ano em que guardei minhas dores em uma caixinha e foquei completamente no que amo. Agora, o Comunica na TV é uma realidade.

Sejam bem-vindos a uma parte da minha história. Se você tem um sonho, que ela possa te inspirar a fazer o melhor durante sua passagem por essa breve existência terrena. E, acima de tudo, sejam felizes no processo, do contrário, nada valerá a pena.

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Comunicar é transformar.

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