O que parecia um sonho se tornou pesadelo. Por trás da máscara de um homem religioso e apaixonado, Caio Nascimento, 35 anos, escondia um temperamento violento.
Antes de esfaquear três vezes e matar a jornalista Vanessa Ricarte, 42 anos, nesta quarta-feira (12), o músico a manteve em cárcere, dentro de sua própria casa, por cinco dias, sob violência. Ao conseguir fugir, a vítima foi até a Deam (Delegacia de Pronto Atendimento à Mulher) registrar denúncia e solicitar medida protetiva. No trajeto, enviou mensagens de WhatsApp para uma de suas amigas mais próximas, relatando os momentos de horror que viveu ao lado do ex-noivo.
O Comunica na TV teve acesso exclusivo aos áudios enviados pela vítima à amiga e relata a seguir o que Vanessa revelou ter sofrido.
“Amiga, nunca imaginaria passar por isso…foram cinco dias de terror. Ele era uma pessoa maravilhosa comigo e do nada virou um monstro”...disse Vanessa logo no início do áudio.
Em seguida, ela relata que o ex-noivo, retirou dinheiro de sua conta e comprou drogas. “Ele ficou cinco dias virado lá em casa, cheirando cocaína, gastou R$ 1 mil da minha conta…parece que um demônio se apoderou dele”, revelou a vítima.
Por fim, ela relatou que Caio disse ser hacker e pouco depois, ela recebeu imagens de uma postagem que ele fez na própria rede social a expondo com fotos íntimas. “Estou indo com o (nome de um amigo) na delegacia, vou chegar com a polícia para tirar ele de dentro de casa”, disse Vanessa, acreditando que estaria acompanhada por agentes da polícia quando retornasse para casa.
Ela finaliza sua despedida da amiga dizendo: “É uma provação, fé em Deus”. Porém, ela não sabia que mais que uma provação, era uma armadilha, já que o assassino, preso em flagrante, estaria esperando por ela em sua casa para atacá-la.
Em suas redes sociais, Caio Nascimento exaltava ser um assíduo frequentador da igreja, guiado pela fé e ‘renascido’, como ele mesmo muitas vezes se auto declarava. Porém, seu passado era carregado de uma bagagem de violência, com pelo menos 11 acusações de agressão contra mulheres, incluindo sua mãe e ex-namoradas. Muitos desses processos, correm em segredo de Justiça.
Vanessa solicitou medida protetiva e foi morta antes de poder contar com a proteção.
Em respeito à vítima, não iremos expor os áudios e para não comprometer as investigações da polícia, não citaremos os nomes das testemunhas.
