O Comunica na TV não poderia perder um dos aniversários mais especiais do ano! Ontem, dia 27 de maio, Ranulfo Custódio Alves completou nada menos que 102 anos de vida. Nascido em 1923, em Três Lagoas, surpreende não apenas pela longevidade, mas sobretudo pela vitalidade que carrega consigo — uma energia que desafia o tempo e rompe barreiras.

A história chegou até nós por um feito extraordinário: aos 102 anos, Ranulfo renovou a sua carteira de habilitação, tornando-se, oficialmente, o motorista mais velho do Mato Grosso do Sul, quiçá do Brasil, ou até mesmo do mundo, afinal, o Guiness Book não tem esse registro (que pode chegar em breve, vindo do MS).
A cena que muitos não imaginariam é, para ele, apenas parte da rotina: subir na sua inseparável caminhonete F-1000, ligar o motor e seguir pelas estradas de terra que cortam sua fazenda, onde ainda trabalha com afinco no manejo do gado. Ranulfo é símbolo de autonomia e resistência. Mesmo centenário, continua a exercer com paixão todas as atividades que ama.
Dirige com habilidade, trabalha na fazenda e não dispensa um bom dia de pescaria, outra de suas grandes paixões. Entre bois, redes e o volante, ele segue conduzindo não apenas veículos, mas também a própria vida, com uma lucidez impressionante e uma alegria contagiante.

Pai de sete filhos, Ranulfo guarda na filha caçula, Renata Alves, não só a companheira mais próxima, mas também sua melhor amiga. Renata fala com os olhos brilhando de orgulho: “Meu pai é minha maior inspiração. Ele me ensina todos os dias o que é ter força, sabedoria e amor pela vida.”
A convivência entre os dois é marcada por afeto e admiração mútua. Renata acompanha de perto a rotina do pai, celebrando cada conquista, cada momento de superação. Afinal, Ranulfo é mais do que um exemplo de longevidade; ele é um testemunho vivo da potência que há em quem escolhe não se deixar limitar pela idade.
Ao celebrar 102 anos de existência, Ranulfo também celebra a saúde, a independência e o amor à vida no campo. Sua história rompe com estereótipos e nos faz repensar o envelhecimento não como um fim, mas como um capítulo que pode ser pleno, ativo e feliz.
Neste aniversário, Ranulfo nos deixa uma lição silenciosa: a idade pode ser um número, mas a verdadeira medida da vida está na coragem de vivê-la intensamente, sempre.